5% Arquitetura + Arte
A magazine 5% Arquitetura + Arte, 1808-1142, foi fundada em 2005 por iniciativa da arquiteta, escritora e desenhista Dra. Edite Galote Carranza e do pintor, poeta, escritor e arquiteto MA. Ricardo Carranza.
Desde então, a 5% Arquitetura+Arte atua de forma independente à divulgação de artigos e manifestações artísticas.
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PROFETA, ARTISTA E JOGADOR: TRÊS FACES DE FIÓDOR DOSTOIÉVSKI
OLEG ALMEIDA
Fiódor Dostoiévski é um dos maiores ficcionistas de todos os tempos: podemos afirmá-lo sem recear que alguém nos acuse de parcialidade. Seus livros são editados e lidos no mundo inteiro, fazem parte dos currículos escolares e universitários, dão início a interpretações cênicas, musicais e cinematográficas. Os críticos submetem-nos à sua análise detalhada, os estudiosos baseiam neles suas teses e monografias… Contudo, quem diz que esses literatos e cientistas já chegaram ao mínimo consenso acerca das obras dostoievskianas?
Roteiro para uma casa simples: Casa José Anthero Guedes
DANIEL CARCAVALLI
Joaquim Guedes, um dos grandes nomes da arquitetura paulista e um dos principais representantes da “Escola Brutalista Paulista”, projetou esta casa para seu pai poucos anos depois de se formar. Segundo Mônica Junqueira de Camargo, Guedes “ainda estava preso ao conhecimento acadêmico e tentava colocar ou negar o discurso em prática, adaptando-o às condições topográficas do terreno e ao programa” [...] de fato, o primeiro enfrentamento entre teoria e método aprendidos na faculdade e a realidade.” O projeto é um exemplar que expressa o conceito “Nacional-popular”, presente em diversas manifestações culturais nos anos 1960.
Sesc Pompeia: rio, fogueira e biblioteca
DANIEL CARCAVALLI
Ninguém transformou nada. Encontramos uma fábrica com a estrutura belíssima, arquitetonicamente importante, original, ninguém mexeu… O desenho de arquitetura do Centro de Lazer Sesc Fábrica da Pompeia partiu do desejo de construir uma outra realidade”.
Lina Bo
A casa com cheiro de floresta

EDITE GALOTE CARRANZA
“Na fábula, o beija flor leva no bico
a gota que salvará a floresta do incêndio.
Sensibilizados por tamanha bravura, os demais
animais se unem e vencem as chamas.”[1]
Tomaz Amaral Lotufo leva com desenvoltura o bastão arquitetônico familiar. Formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2000), ele representa a terceira geração de uma família de arquitetos: o avô Zenon Lotufo[2]
[OCUPAÇÃO] SESC 24 de maio e a cidade: uma análise projetual por meio da metodologia de Francis Ching

CHRISTIAN MICHAEL SEEGERER
DANIELLE ALVES LESSIO
THIAGO VIDAL PELAKAUSKAS
“(…). Não é só uma questão visual, de o centro se parecer com a periferia. É como se não pudéssemos evitar a constatação necessária de que é nos hábitos da cultura popular que surge, sempre, o futuro. Quer dizer: as cidades, todas, serão eminentemente populares. Serão feitas para todos.”
A relojoaria do MASP – versão revista e ampliada

EDITE GALOTE CARRANZA
RICARDO CARRANZA
O MASP, aos olhos do observador atraído apenas pelo seu aspecto exterior, em um primeiro momento, é uma obra prima da simplicidade: uma caixa de vidro suspensa por dois pórticos vermelhos (figura 1). Dirigindo-se ao interior, o mesmo observador encontrará, no grande salão de exposições, nada mais que obras de arte mergulhadas em transparência. Só com o tempo e o estudo, o edifício revela a sua complexidade como uma caixa de relógio aberta expõe seu mecanismo. Sucesso de público, o MASP alcançou o coletivo e teria se tornado “monumental” [i] como desejara Lina Bo (figura 2).
Arquitetura não é Arte
RICARDO CARRANZA
As rachaduras na obra de Mondrian são sintomáticas quanto ao binômio Técnica+Arte – sem perder de vista que na origem Arte é indissociável de Técnica; é o exemplo clássico de um grande artista e um pintor pouco preocupado com as técnicas de pintura.
A nosso ver, para Mondrian a concepção é tudo. Entretanto, conceber um Mondrian depois de Mondrian é um feito de pequena envergadura. Não raro o revemos nos painéis de programas de TV, cenários, vestidos etc. O resultado artístico não é mais que uma sombra do original. Reproduzir a pintura de um Mondrian, por sua vez, também não seria difícil; qualquer um, com um mínimo de conhecimento da técnica de pintura, provavelmente se sairia bem da tarefa.
A consciência do Tempo
RICARDO CARRANZA
Hamlet – Esse camarada não tem consciência do trabalho que faz, cantando enquanto abre uma sepultura?
Horácio – O costume transforma isso em coisa natural.
Hamlet – É mesmo. A mão que não trabalha tem o tato mais sensível.
Hamlet, Ato V
A plasticidade da mente conduz a percepção. Uma hora, um minuto, um dia inteiro, são escalas variáveis de uma mesma experiência. Enquanto o amanhecer pode ser inebriante, dadas as circunstâncias, o amanhecer diário do cotidiano geralmente é resumido a uma sequência de ações esquemáticas que evaporam tão logo sejam realizadas.
O sujeito coloca-se estrategicamente afastado de suas ações porque o processo, no momento de ir ao trabalho, por exemplo, só importa se nos leva o quanto antes ao nosso objetivo.
Revisitando o Jardim Edith

AÉCIO FLÁVIO DE SOUZA LACERDA JÚNIOR
EDITE GALOTE CARRANZA
O conjunto residencial Jardim Edith é o resultado de um longo processo de urbanização da favela Edith, localizado em um dos endereços mais valorizados da cidade de São Paulo: o bairro do Brooklin Novo.